Hindemburgo Diniz, renomado economista e ex-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), faleceu aos 92 anos nesta terça-feira, em Belo Horizonte. O velório será realizado na Academia Mineira de Letras.
Nascido em Campina Grande, Paraíba, Hindemburgo formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1954. Sua carreira começou no Ministério da Viação e Obras Públicas, onde atuou durante os governos de Getúlio Vargas e Café Filho.
Casado com Glória Pereira Diniz, filha do ex-governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, Hindemburgo também teve uma passagem significativa pelo jornalismo, servindo como diretor-secretário do Correio Braziliense na década de 1960.
Hindemburgo Diniz teve duas passagens marcantes como presidente do BDMG, entre 1967 e 1970 e de 1991 a 1995. Durante seu mandato, ele foi peça fundamental na elaboração do Primeiro Diagnóstico da Economia Mineira e no projeto de construção da atual sede do BDMG.
Além de suas contribuições ao BDMG, Diniz foi o primeiro presidente da Fundação João Pinheiro, instituição que desempenha um papel crucial na pesquisa e desenvolvimento de políticas públicas em Minas Gerais.
Nos anos 1980, Diniz liderou o ambicioso projeto da Transit em Montes Claros, uma fábrica de semicondutores que prometia revolucionar o setor eletrônico no Brasil. A fábrica trouxe cientistas de todo o mundo, incluindo físicos da Índia, e gerou grandes expectativas de se tornar um pilar tecnológico comparável às indústrias eletrônicas de Taiwan e da Holanda. No entanto, a Transit enfrentou dificuldades e acabou falindo na década seguinte.
Hindemburgo Diniz será lembrado por suas inúmeras contribuições ao desenvolvimento econômico de Minas Gerais e pelo seu papel na promoção de avanços tecnológicos e industriais no estado.
A comunidade mineira e todos aqueles que trabalharam com Hindemburgo Diniz lamentam profundamente a sua perda e expressam suas condolências à família. Seu legado continuará a inspirar futuras gerações de economistas e desenvolvedores de políticas públicas.