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Amigos e familiares de José Victor Miranda, membro da Máfia Azul morto em emboscada da Mancha Alvi Verde, organizada do Palmeiras, no último domingo (30), se despedem do homem de 30 anos nesta terça-feira (29) no Cemitério Parque Boa Vista, em Sete Lagoas, Região Central de Minas.
O velório começa às 8h, no Ginásio Esportivo Vinícius Dias de Avelar. A previsão é que o sepultamento ocorra às 16h.
Membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas, José Victor deixa um filho e era conhecido por compartilhar nas redes sociais sua paixão pelo Cruzeiro e pela criança.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a confusão começou quando os torcedores palmeirenses, que voltavam de um empate contra o Fortaleza, se cruzaram com os cruzeirenses, que retornavam de Curitiba após uma derrota para o Atlético Paranaense. A briga, marcada pelo uso de pedaços de madeira e fogo, resultou em danos a dois ônibus da torcida cruzeirense, um dos quais foi incendiado.
Tanto o Cruzeiro quanto o Palmeiras se manifestaram oficialmente lamentando o episódio. "Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos", declarou o clube mineiro. "Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor", exigiu a equipe paulista.
Buscas por suspeitos
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) continua, nesta segunda-feira (28), à procura de integrantes da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, que teriam participado de uma emboscada.
"A morte e os ataques a torcedores do Cruzeiro em SP são inadmissíveis. Estamos trabalhando com o MPSP para identificar os homicidas e puni-los. Futebol é alegria. Esses falsos torcedores são criminosos e não representam a torcida do Palmeiras, de tantas glórias", publicou Jarbas Soares, procurador-geral de Justiça de Minas e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público.
A participação do Gaeco no caso foi determinada pelo procurador-geral de Justiça de SP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que classifica as torcidas organizadas como "verdadeiras facções criminosas". O promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, também acompanhará as investigações da Polícia Civil, enquanto o Ministério Público de Minas Gerais se colocou à disposição para auxiliar na apuração do caso.