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Com a temporada de chuva, o calor e a umidade prolongada favorecem a proliferação do Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. Na tentativa de combater o mosquito transmissor das doenças, R$ 178 milhões serão investidos pelo Estado nos municípios mineiros. As ações incluem aquisições de fumacê e drones capazes de aplicar larvicida, além de campanhas de conscientização e capacitação das equipes de zoonoses.
Neste ano, Minas enfrentou a pior epidemia de dengue da história, com 1,3 milhão de casos e 1.054 óbitos. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LirAa), realizado pelas prefeituras, aponta que mais de 80% dos focos estão nas residências e em áreas externas, onde há descarte de entulho, lixo e recipientes que acumulam água parada. As autoridades reforçam o apelo para que a população ajude no combate ao mosquito.
"A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) está realizando campanhas de conscientização, capacitando as equipes em todo o Estado e iniciou os investimentos muito antes do início do período sazonal, para preparar os municípios", disse o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.
Segundo ele, foi pactuado um repasse de mais de R$ 120 milhões para fortalecer as ações dos municípios e mais R$ 30 milhões para a contratação dos drones, que vão auxiliar no mapeamento dos focos. "Além disso, repassamos aproximadamente R$ 28 milhões para aquisição do fumacê”, afirma Prosdocimi.
Uso de drone contra dengue
Em novembro de 2023 foram repassados R$ 15 milhões para que municípios e consórcios intermunicipais de saúde contratem o serviço de geomapeamento por drones. Os equipamentos serão utilizados para identificar e monitorar os criadouros do Aedes em propriedades particulares que estejam fechadas ou em locais de difícil acesso.
Por meio da tecnologia é possível aplicar o larvicida, auxiliando o trabalho feito pelos agentes de combate às endemias (ACE). Conforme a SES, uma segunda parcela de R$ 15 milhões será paga até novembro deste ano.
Para Cláudia Campos Ferreira, agente de combate a endemias em Santa Luzia, na Grande BH, a tecnologia vai ser mais um braço no combate aos focos, já que alguns moradores ainda são resistentes às visitas e, muitas vezes, os agentes não encontram ninguém nas propriedades particulares.
“O principal desafio que temos aqui no município é encontrar os moradores em casa ou contar com a receptividade deles. Na maioria das nossas rotas, encontramos muitas casas fechadas, porque as pessoas trabalham o dia todo. Então, os drones vão nos ajudar muito quando estiverem em operação”.