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Estado promete investir R$ 178 milhões para ações de combate à dengue nos municípios mineiros
Minas
Publicado em 31/10/2024

Do HOJE EM DIA 

 

portal@hojeemdia.com.br

 

Com a temporada de chuva, o calor e a umidade prolongada favorecem a proliferação do Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. Na tentativa de combater o mosquito transmissor das doenças, R$ 178 milhões serão investidos pelo Estado nos municípios mineiros. As ações incluem aquisições de fumacê e drones capazes de aplicar larvicida, além de campanhas de conscientização e capacitação das equipes de zoonoses.

Neste ano, Minas enfrentou a pior epidemia de dengue da história, com 1,3 milhão de casos e 1.054 óbitos. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LirAa), realizado pelas prefeituras, aponta que mais de 80% dos focos estão nas residências e em áreas externas, onde há descarte de entulho, lixo e recipientes que acumulam água parada. As autoridades reforçam o apelo para que a população ajude no combate ao mosquito.

"A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) está realizando campanhas de conscientização, capacitando as equipes em todo o Estado e iniciou os investimentos muito antes do início do período sazonal, para preparar os municípios", disse o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.
 
Segundo ele, foi pactuado um repasse de mais de R$ 120 milhões para fortalecer as ações dos municípios e mais R$ 30 milhões para a contratação dos drones, que vão auxiliar no mapeamento dos focos. "Além disso, repassamos aproximadamente R$ 28 milhões para aquisição do fumacê”, afirma Prosdocimi.

Uso de drone contra dengue

Em novembro de 2023 foram repassados R$ 15 milhões para que municípios e consórcios intermunicipais de saúde contratem o serviço de geomapeamento por drones. Os equipamentos serão utilizados para identificar e monitorar os criadouros do Aedes em propriedades particulares que estejam fechadas ou em locais de difícil acesso.

Por meio da tecnologia é possível aplicar o larvicida, auxiliando o trabalho feito pelos agentes de combate às endemias (ACE). Conforme a SES, uma segunda parcela de R$ 15 milhões será paga até novembro deste ano.

Para Cláudia Campos Ferreira, agente de combate a endemias em Santa Luzia, na Grande BH, a tecnologia vai ser mais um braço no combate aos focos, já que alguns moradores ainda são resistentes às visitas e, muitas vezes, os agentes não encontram ninguém nas propriedades particulares.

O principal desafio que temos aqui no município é encontrar os moradores em casa ou contar com a receptividade deles. Na maioria das nossas rotas, encontramos muitas casas fechadas, porque as pessoas trabalham o dia todo. Então, os drones vão nos ajudar muito quando estiverem em operação”.


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